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Nunca é tarde demais para começar a ler

Meu primeiro contato com a leitura foi, como imagino que tenha sido para diversas pessoas da minha faixa de idade, com a série Vagalume, aos aproximados 8 anos de idade. Isso porque era algo obrigatório durante as aulas de literatura do ensino fundamental. Apesar de ter pego gosto pela leitura dessas histórias, como “O Escaravelho do Diabo” e “Tonico e Carniça”, o incentivo à leitura foi diminuindo e fui trocando a mesma por jogos e filmes.

Passei muito tempo lendo só o necessário para trabalhos, avaliações e discussões, não lia por extrema preguiça e, era constantemente questionado, sobre como eu era bom em gramática e escrita, uma vez que não lia nada com frequência.

Embora tardiamente, um dia isso me incomodou. Percebi que me faltava vocabulário, palavras para passar minhas ideias e vi, também, que muitos universitários ao meu redor liam bem mais e tinham um vocabulário mais extenso que o meu.

“Depois de velho, barbado, como que vou pegar gosto pela leitura?” foi a pergunta que fiz à uma amiga que lê, em média, 7 livros por mês. E a resposta foi simples: “Pare de tentar começar pelo complicado.”.

A partir daí, parei de tentar começar por “O Príncipe” ou “Da criação ao roteiro. Prática e teoria” e decidi começar por um livro de fantasia, que sempre foi meu gênero favorito de filme. Coincidentemente, pedi e ganhei, em um amigo secreto, o “Lugar Nenhum”, do Neil Gaiman.

Decidi que ia me entregar à essa leitura e senti o mesmo que sentia lá atrás, com a série vagalume: consegui imaginar cada cena, tomei apreço pelos mocinhos, tive medo dos vilões e me imaginei submerso naquele mundo. Terminei o livro em pouco mais de duas semanas.

Com ele veio outro de fantasia do Neil Gaiman, depois um de terror do Stephen King, vieram mais alguns, um atrás do outro e, recentemente, o meu livro preferido: O nome do Vento, do Patrick Rothfuss.

Ainda não estou no nível de leitura que gostaria de estar. Hoje, leio de um a dois livros por mês e só histórias. Meu próximo passo é pegar gosto pelos livros acadêmicos ou mais intelectuais, talvez esteja na hora de encarar algo mais ardiloso, maquiavélico.

 

Saiba mais sobre o livro:

Publicado pela primeira vez em 1997, a partir do roteiro para uma série de TV, Lugar Nenhum, primeiro romance de Neil Gaiman, anunciou a chegada de um grande nome da literatura contemporânea e se tornou um marco da fantasia urbana. Ao longo dos anos, diferentes versões foram publicadas nos Estados Unidos e na Inglaterra, e Neil Gaiman elaborou, a partir desse material, um texto que viesse a ser definitivo.

Em Lugar Nenhum, Richard Mayhew é um homem simples de coração bom que tem a vida transformada quando ajuda uma jovem que encontra ferida numa calçada. De um dia para o outro, Richard se torna invisível na Londres que sempre conheceu: não tem mais trabalho, não tem mais noiva, não tem mais casa. Para recuperar sua vida, ele se embrenha em um mundo que nunca sonhou existir, uma cidade que se abre nos esgotos e nos túneis subterrâneos: a chamada Londres de Baixo, em que personagens únicos e cenários mirabolantes fazem a Londres de Cima parecer uma mera paisagem cinza.

Outros livros do autor: O oceano no fim do caminho, Faça boa arte, A verdade é uma caverna nas Montanhas Negras, João & Maria e Os filhos de Anansi

 

Brayan Moreira é aluno do 5º período do curso de Publicidade e Propaganda da Univás

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