Marca e consumidores: quem é realmente usado?
* Renata Junqueira Simões é aluna do 7º período do curso de Publicidade e Propaganda da Univás.
Case
História da marca Chanel
*Renata Junqueira Simões
Gabrielle Bonheur Chanel, ou melhor dizendo Coco Chanel. Filha de pais separados, sua mãe lavadeira e seu pai vendedor de rua. Em seu registro oficial consta como Chanel por ter seus pais ausentes ao digitar o nome.
Em 1895 Gabriela tinha doze anos quando sua mãe morreu de bronquite, seu pai colocou as duas filhas em um orfanato chamado Colégio Nossa Senhora da Misericordia.
Aos dezoito anos, embora pudesse permanecer em Aubazine, Chanel decidiu morar em uma pensão reservada para meninas católicas na cidade de Moulins.
Um tempo depois, Chanel passou a inventar histórias de sua vida para ocultar suas origens. Das muitas histórias contadas por ela, grande parte era apenas uma invenção.
Ela costumava afirmar que quando a mãe morreu, seu pai viajou para a América em busca de uma fortuna, e portanto ela precisou ficar com duas tias de coração frio. Coco também chegou a afirmar que nasceu em 1893, ao invés de 1883 e que sua mãe tinha morrido quando ela tinha dois anos e não com doze anos.
Coco e sua tia Adrienne, ambas tendo quase a mesma idade e aptas a manejar agulha e linha, são encaminhadas para o ateliê de costura especializado em confecção de enxovais localizado em Maison Grampayre.
Por volta de 1907 a 1908 Chanel faz suas primeiras aparições em La Rotonde, um café concerto frequentado por oficiais de um regimento de cavalaria estacionado em Moulins.
Gabriela ganhou o apelido de Coco pelos oficiais que sempre a escutavam cantar no café. O apelido que ganhou dos oficiais era referente á musica que ela cantava.
Etienne Balsan, um socialite, herdeiro de uma fábrica de tecidos que fazia uniformes do exército, hospeda Chanel em seu castelo perto de Compiégne, sendo possivelmente amantes por alguns meses e amigos por toda a vida.
A amizade com Balsan lhe facilitou frequentar um ambiente de alta classe, onde, por volta de 1909, ela conheceu o milionário inglês, Arthur Capel, que seria o grande amor da sua vida.
Arthur ajudou-a a abrir a sua primeira loja de chapéus, que faria Chanel tornar-se um sucesso e logo apareceria nas revistas de moda mais famosas de Paris.
Seu romance com Capel durou cerca de dez anos, embora ele fosse casado com uma inglesa. Após isso, sua história acabou tragicamente quando ele morreu em um acidente de carro em 1919.
Desgostosa com isso, Chanel pensou em seguir sua vida e abriu a primeira casa de costura onde vendia chapéus, roupas para montaria e trajes para banho de mar. Aliás, foi Coco Chanel que inventou as primeiras calças femininas.
Em 1920, Chanel apaixonou-se pelo jovem grão-duque da Rússia, Dimitri Pavovlich, que havia fugido de seus país logo após a revolução. Sua relação com ele, deu a oportunidade de desenhar roupas com bordados de folclore russo.
Neste período, Chanel conheceu muitas pessoas importantes como, Pablo Picasso, Greta Garbo e Luchino Visconte. Assim, suas roupas passaram a vestir grandes atrizes de Holywood ditando moda por todo mundo.
Coco começou a desenvolver perfumes com sua marca, tanto que, em 1921 criou um perfume que a transformou em uma grande celebridade. O famoso Chanel nº5 teve este nome, pois, foi a quinta fragrância a ser apresentada a ela e também porque cinco era seu número da sorte.
Na segunda guerra mundial, Coco Chanel fechou sua casa de costura. No período de ocupação alemã (1940–1944 ), envolveu-se com o alemão Hans Dincklage, um profissional da inteligência militar alemã que operava na França desde o final de 1920.
Em 1954, Coco Chanel reabriu a casa de costura. Os franceses, não estando de acordo com o romance de Coco e Hans, deixaram de frequentar a casa de costura. Para ela, foi difícil manter-se.
Começou a vender suas roupas para o outro lado do Atlântico passando então a residir na Suíça. Com a admiração da ex-primeira dama, Jackle Kennedy, ela reapareceu na revistas de moda com seus tailleurs ( roupas e sapatos ). Mais tarde voltou a residir na França.
Gabriela Bonheur Chanel (Coco Chanel) morreu em 1971, no Hotel Ritz Paris, onde viveu por anos, mas sua marca não parou por ai.
Após a morte de Chanel, o empresário francês, Jacques Wertheimer, comprou a marca mantendo a venda de perfumes, cosméticos e acessórios. Seu filho Alain, fez disparar a venda do perfume Chanel nº5, ao diminuir sua produção, retirando das prateleiras das farmácias, atribuindo-lhe exclusividade e, é claro, muita publicidade.
Em 1983 foi marcado a chegada de Karl Lagerfeld à empresa como o diretor artístico da marca de alta costura e também prêt-à-porter, dando inicio a uma nova fase para a marca Chanel.
Nos anos 90 a marca abriu mais de 40 lojas próprias nas mais elegantes e sofisticadas avenidas e cidades do mundo. Com a gerência do executivo Françoise Montenay, a Chanel iniciou um novo milênio revigorada e cheio de novidades, que começaram com a inauguração, em 200, da primeira boutique da marca especializada somente em acessórios.
E seguiu, em 2002, com uma luxuosa loja em Nova York, especializada somente em joias e relógios. Atualmente, a LES EXCLUSIFS é um dos maiores sucessos da grife.
A marca expandiu seu portfólio, com o lançamento de cosméticos, óculos de sol e de grau. Desta maneira, a marca Chanel tornou-se mundialmente reconhecida como um dos maiores impérios da moda, tendo admiração dos críticos por seus artigos de luxo e altíssima qualidade.
Para fecharmos com chave de ouro, deixo para vocês essa propaganda da Chanel realizada com uma modelo brasileira.
Site consultado://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/05/chanel-coco-elegance.html
*Imagens: Divulgação